quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A Dúvida Que De Nós Criamos...

A imprecisão quanto ao decorrer dos fatos sempre provoca-nos o ar da dúvida. Dúvida esta que há séculos move o homem, no sentindo de aprimorar seu estilo de viver. Tal aprimoramento não conseguiu sua plenitude, pois o ser ambicioso pela onipotência ainda é refém o que dele mesmo desconhece: o futuro. Somos tomados sempre por essa idéia, que ao ser analisada, na verdade, não existe. O futuro não está aí num amanhã, numa próxima semana, num próximo mês ou num próximo ano. Você já viveu o futuro? Quando ele chegar vai ser presente, mas antes disso, que idéia você tinha sobre ele? Ocorreu da mesma forma?

Tantos questionamentos para invocar o que anteriormente foi dito como provocação humana, dúvida, futuro... A previsibilidade de todas as ações não é possível, mas caso fosse. Imagine como seria de grande utilidade a todos, pois nos daria a chance de agir antecipadamente quando algumas casualidades dessa vida mundana viessem a se manifestar. Imagine quantos eventos bons poderíamos programar ou quantos eventos ruins poderíamos nos poupar, ou ainda, quantos sentimentos sofridos por um tempo em que cultivamos nosso coração poderíamos ter evitado, poderíamos ter evitado...

No entanto, essa dúvida quanto à temporalidade também serve como um motor vital, onde nos orienta pelo mistério de descobrir mais. Dia após dia, noite após noite. Ao passo de que por mais que pareça que o mistério, a dúvida, o futuro e o tempo tendem a declinar o que de nós criamos, nossos olhos não conseguem enxergar o suficiente esse poço que o coração cria. Tão fundo que a única luz que ainda emana é a dos meus sentimentos de que um dia poderia ser possível.

Um poço não é um lugar tão interessante a se viver. Escuridão tomando conta de nossa esperança. Em última opção o melhor é recomeçar, não de um ponto zero, mas da continuidade de nós mesmo. No sentido em que venhamos abrir mão de um desejo para criar outro. Às vezes essa é a única alternativa que a vida nos reserva. Por mais que alçamos o objeto ou ser de conquista, de nada adianta nossos esforços se o resultado disso não está em nossa plena detenção. Ou se um coração se fecha o suficiente onde nem a mais linda das mensagens consegue entrar.

Por conta disso, é melhor continuar com os passos por esse caminho que criamos, logo que a cada olhar ao nosso redor tenhamos a aprendizagem do viver. Este que é um desafio que todos temos, mas ainda assim poucos se dispõem a cumprir, não como meros contempladores, mas como seres da experiência. Viver é isso, ter experiências para que seja compartilhado num futuro, este tão impreciso quanto ao poço que de mim criei e que ainda terei de criar mais, até onde o mistério de viver esteja comigo.

Wellington Sousa


Finalmente voltando a rotina de postagens. Só estou em dúvida se ficou legal cheio de imagens, queria tornar um pouco mais agradável a primeira vista, não sei se isso foi consagrado.
Espero que tenham gostado e futuramente colocarei mais Posts.
Abraço a todos!